A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do CVV (Centro de Valorização da Vida) junto ao CFM (Conselho Federal de Medicina) e a ADP (Associação Brasileira de Psiquiatria), criada em 2015 com o intuito de alentar as discussões em torno deste assunto que até hoje, ainda é tido como um tabu. Vamos conversar sobre?
É uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio. Oficialmente, a data do movimento é dia 10 de setembro, mas durante todo o percorrer do mês são distribuídas cartilhas, criadas ações em lugares públicos, todos iluminados com a cor amarela, além do tema ganhar destaque especial nas mídias e propagandas.
Esta foi a forma encontrada para ajudar as pessoas a não terem receio de conversar sobre essas questões, perguntar e principalmente, procurar entender. O suicídio ainda é um assunto extremamente delicado, e precisamos falar corretamente sobre ele.
Entretanto, é de suma importância não fomentar discussões que de alguma forma aumentem o stigma em relação ao assunto, que possam ferir a suscetibilidade das pessoas ou provocar danos.
De acordo com a Associação Catarinense de Psiquiatria, a cor acompanha a história do Mike Emme, jovem americano de 17 anos que em 1994 tirou a própria vida em seu Mustang 1968 amarelo.
No dia do funeral, foram distribuídas fitas amarelas e mensagens de apoio com a finalidade de alcançar pessoas que pudessem estar passando por uma situação semelhante a do jovem Mike, e que dessa forma, soubessem que tinham com quem contar. Por este motivo a campanha ficou conhecida inicialmente por "yellow ribbon", em português "fita amarela".
No Brasil, o suicídio é considerado um problema de saúde pública. Quando alguém comete suicídio, 6 pessoas próximas são diretamente afetadas e outras demais também sofrem o impacto indiretamente. Familiares e amigos se veem acometidos com sentimentos de raiva, culpa, luto, confusão.
As causas para o ato em si, são particulares e invariavelmente mais complexas e cercadas de fatores predisponentes. Não se pode simplificar o suicídio ligando-o a uma única justificativa, por isso é importante ter cuidado ao dar conselhos, ou tentar achar/dar uma explicação em um primeiro momento.
De acordo com dados levantados em 2018 e divulgados no site da Organização Pan-América da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS): 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Sendo este também, o segundo principal motivo da morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Começar com um genuíno "tem algo que eu possa fazer para te ajudar" já é um bom início pra tentar entender o que está acontecendo.
A ajuda pode surgir de um amigo, familiar, de colegas do trabalho, escola. Perguntar de forma direta se a pessoa está pensando em suicídio e se tiver uma resposta positiva, não deixar a pessoa sozinha. Procurar ajuda de profissionais, como por exemplo, ligar para o 188 (CVV), que já atuam a mais de 50 anos nessa área, ou ainda em caso de emergência, ligar para o 192 (SAMU).
Estamos passando ainda por uma das situações mais atípicas já vividas. O COVID-19, nos trouxe o distanciamento social junto com um impacto gigantesco sentido na economia, forma de viver, cuidar e se manter saudável emocional e psicologicamente.
Adaptar-se a nova forma de realizar tarefas diárias como trabalhar, passear, se divertir com amigos e abraçar o próximo, tudo de uma forma diferente, têm sido um desafio, mas não é impossível, veja como é possível:
Atenção, cuidado, empatia, esteja lá para dar uma mão, mantenha-se sempre atento (a) às pessoas ao seu redor, escute o próximo caso ele precise conversar. E saiba, também, que você pode pedir ajuda. 😀
E, para este e todos os outros meses, pinte, ilumine e estampe o amarelo das mais diversas formas. Faça com que a causa seja vista!
Um grande abraço!