Macrotendências são alterações significativas na sociedade que impactam a maneira que o consumidor vive, pensa e compra. Essas mudanças costumam durar um longo período e geram novas formas de fazer negócios.
A PwC, empresa de consultoria de negócios com sede no Reino Unido, divulgou um estudo que aponta cinco macrotendências de consumo para o pós-pandemia. Nós, do Ideris, analisamos esse estudo e notamos o quanto essas mudanças impactam principalmente o varejo online, segmento que, em 2020, apresentou seu maior crescimento desde 2007.
Embora em 2021, ano da publicação do estudo de macrotendências, a pandemia ainda não terminou, com o avanço da vacinação o futuro do mercado começa a ganhar um pouco mais de perspectiva. Dessa maneira, podemos identificar as mudanças de comportamento do consumidor e as tendências para os próximos anos no varejo.
Não é de hoje que ouvimos falar que estamos na Era da Informação, não é mesmo? Há muito tempo o perfil de consumidor 5.0 tem acesso rapidamente à internet e à informação, mas se tratava de um grupo mais seleto e específico de clientes. A macrotendência de informações ao alcance indica que esse acesso rápido à informação virou realidade para mais pessoas que precisaram se adaptar ao ambiente digital durante a pandemia.
QR codes, internet de coisas, entre outras ferramentas digitais permitirão que os consumidores acessem informações de lojas e produtos em todos os lugares, mudando a forma como eles consomem produtos e serviços nas lojas físicas e virtuais.
Por exemplo, o consumidor terá o hábito de pesquisar avaliação dos consumidores sobre determinado produto ou marca enquanto está na loja ou comparar preços dos produtos na loja física e online, o que aponta para a necessidade das empresas aderirem ao omnichannel.
Com o avanço do uso de dados para melhorias de sites, operações e estratégias de marketing, cada vez mais será mais possível disponibilizar ofertas personalizadas para os clientes.
O marketing personalizado será possível devido aos algoritmos que detectam o comportamento do usuário no site, sua localização, o histórico de compra, entre outros dados que permitem que as ferramentas de venda ou marketing entreguem promoções para cada consumidor.
Por exemplo, quando um cliente tem instalado no celular o aplicativo de uma loja e vai até à loja física, o aplicativo detecta sua chegada e envia notificações sobre as ofertas do dia, de acordo com seus hábitos de compra; ou então, a loja virtual tem acesso ao histórico de compras de um usuário e sua localização, e oferece promoções de frete para a região dele e uma seleção de produtos de acordo com o perfil desse cliente.
Lembrando que para oferecer um marketing hiperpersonalizado, as empresas devem ter a permissão dos usuários para acessar e manipular esses dados, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Ficar muito tempo em filas para pagar ou preencher informações do cartão de crédito toda vez que comprar no mesmo site se tornarão atividades do passado.
Nos últimos anos, surgiram muitas formas de pagamento facilitadas que entraram na rotina dos consumidores: Pix; pagamento por aproximação do cartão; aplicativos com função de pagamento, como PicPay e WhatsApp Pay; entre outras formas de pagamento que são práticas e seguras. Portanto, os varejistas precisam implementar uma variedade de métodos de pagamento para atender esse novo padrão de consumo.
Em 2020, 13 milhões de brasileiros fizeram a primeira compra pela internet, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen feita em parceria com o Bexs Banco. Por isso, quem trabalha com loja física precisará dar novas razões para os consumidores irem às compras presencialmente.
Uma das alternativas será investir mais na experiência do consumidor de acordo com a realidade de cada loja. Isso envolve práticas como: criar uma cultura de excelência no atendimento e foco na satisfação do cliente; processo de compra facilitado; boas apresentações dos produtos; e inovações tecnológicas nas lojas.
A automação das operações continuam acontecendo nas empresas para facilitar processos e torná-los mais eficientes. Então, a previsão é que robôs de estoque, totens de atendimento nas lojas físicas, carrinhos de compras inteligentes, entregas com drones, atendimento automatizado de perguntas frequentes (chatbots), integração de canais, entre outras ferramentas façam cada vez mais parte das organizações.
A automação tem como principal objetivo melhorar e agilizar os processos para que as empresas ganhem produtividade e reduzam falhas nas atividades. Portanto, ao contratar uma ferramenta de automação, avalie se ela realmente facilita a operação e aumenta a qualidade do trabalho. Afinal, não adianta economizar tempo da equipe de atendimento usando um chatbot que está mal configurado e prejudicará a relação com os clientes devido a respostas erradas.
Você pode conferir o estudo completo da PwC sobre macrotendências em inglês neste link.