Para começar o texto, nada melhor do que uma explicação: EAN é a sequência numérica que faz parte do código de barras de um produto. Além disso, o EAN de um item é único e intransferível, pois é o que identifica qual é o modelo do produto, seu país de origem, fabricante, entre outros dados importantes.
O código de barras é um daqueles aspectos essenciais da operação de qualquer varejista, principalmente para aqueles que tem e-commerces com uma infinidade de produtos – mas um aspecto que nem sempre ganha o devido destaque no dia a dia.
Neste artigo, entenda como funcionam os padrões de código de barras mais usados no varejo e como fazer essa tecnologia entregar mais resultados para o seu negócio.
EAN é uma sigla antiga para a sequência numérica que faz parte do código de barras de um produto. Significa “European Article Number”, pois nasceu como um padrão europeu de codificação de produtos. Hoje, é utilizado o termo “código GTIN”, de “Global Trade Item Number”, refletindo a presença global da tecnologia.
Se você está buscando informações sobre o EAN de um item (ou o GTIN, para usar a nomenclatura atual), você deve estar criando ou cadastrando um produto em alguma plataforma. Isso acontece porque o GTIN é um número único e intransferível, pois é o que identifica qual é o modelo do produto, seu país de origem, fabricante e outros dados importantes.
Com o GTIN, qualquer empresa, em qualquer lugar do mundo, consegue cadastrar um produto sem duplicidade, facilitando a rastreabilidade dos itens e o controle dos estoques.
EAN é a sigla para o termo “European Article Number”, que traduzindo livremente fica “Número de Artigo Europeu”. EAN é uma sigla antiga, atualmente é utilizado o termo código GTIN que significa “Global Trade Item Number”, código criado e controlado pela empresa GS1.
Assim como cada ser humano tem um documento com um número para identificá-lo, os produtos possuem o EAN que é o código numérico para detectar informações do seu país de origem, modelo, contato da empresa fabricante, entre outros dados.
Existem vários tipos de códigos, o mais comum é o que utilizamos nos produtos que são vendidos no varejo, também chamados de códigos EAN-13. Esse tipo de código de barras é formado por duas partes:
No e-commerce e em marketplaces, o que identifica o produto no sistema digital é o GTIN (código EAN). O uso de código de barras é obrigatório no e-commerce e em marketplaces. Mercado Livre, Amazon, Shopee, Carrefour e Magalu são alguns dos players que solicitam o GTIN de seus sellers.
Muitas empresas utilizam vários tipos de código de barras, uma vez que existem aplicações específicas para eles – ou situações em que um determinado código funciona melhor. Confira:
Esse é o mais famoso e tradicional. É o código de 13 dígitos desenvolvido para leitura no ponto de venda (PDV), trazendo grande agilidade à captura de informação.
São códigos que podem ser escaneados no PDV, ocupam uma área menor que a do código EAN tradicional e contam com informações adicionais, como número serial, número de lote e/ou data de validade. É uma tendência global utilizar esse código no setor de frutas, verduras e legumes (FLV) e em outros produtos perecíveis.
Código de barras que permite codificar todas as chaves GS1. Utilizado na gestão de logística e de rastreabilidade por meio da codificação de informações adicionais, como número serial, número de lote, data de validade, quantidades e número de pedido do cliente.
Código de barras desenvolvido para codificar GTINs, pode ser impresso diretamente em caixas de papelão, oferecendo um bom desempenho de leitura. Não pode ser utilizado para identificar itens comerciais que passarão pelo PDV.
Símbolo bidimensional para aplicações especiais que permite codificar informações em espaços menores que os códigos lineares e agrega informações adicionais, como código do produto, lote e validade. É o principal código do segmento hospitalar, por permitir identificação de itens muito pequenos e possibilitar sua rastreabilidade.
QR Codes são módulos pretos densos distribuídos em um formato padrão de caixa em um fundo branco. Pode conter 100 vezes mais informações que um código de barras tradicional.
O GTIN é uma sequência numérica que carrega dados dos produtos. Por essa razão, não é um código criado aleatoriamente, mas conta com uma lógica nos dígitos usados. Isso permite que um código gerado, por exemplo, pela GS1 Brasil seja válido e reconhecido no mundo todo.
Os 3 primeiros números do código GTIN se referem ao país. No caso brasileiro, os dígitos são 789 e 790. A GS1 é o órgão responsável por registrar o código de barras no mundo todo e cada país possui uma filial da organização. Confira aqui a lista de códigos GS1 de todos os países.
Os 3, 4, 5 ou 6 dígitos seguintes se referem à empresa fabricante ou distribuidora, e ao produto e suas características. O último número da sequência, por fim, é o dígito verificador.
Todo produto que possa ser precificado, pedido ou faturado em qualquer categoria da cadeia de suprimentos precisa ter o código GTIN (ex-EAN). Além disso, cada tipo de variação de um produto precisa ter um código exclusivo.
Um exemplo: se você vende calças, cada modelo e variação (como cor ou tamanho) deve ter um GTIN diferente.
Ao definir o GTIN da calça da marca X, modelo skinny, tamanho 36 e cor azul, esse código será o mesmo sempre em qualquer outro lugar do mundo. Já a calça da mesma marca, modelo e tamanho, mas na cor preta, receberá um outro código, também válido globalmente.
Marketplaces como Mercado Livre, Americanas.com, Magalu e Amazon exigem que os vendedores informem o código EAN (atual GTIN) para anunciar seus produtos nas plataformas.
Não pense que basta inventar um número aleatório para identificar seus produtos e gerar um código de barras. A sequência numérica do EAN tem um sentido e deve ser registrada na GS1 pelo fabricante do produto.
A responsabilidade de criação do código de barras EAN de um produto é do fabricante ou distribuidor de um produto. A criação do código de barras também é necessária para produtos artesanais que sejam comercializados em marketplaces ou e-commerces de terceiros.
Caso você seja revendedor, pode solicitar que o fornecedor envie o código de barras. Não é indicado que revendedores criem o código EAN do produto, pois essa é uma responsabilidade do dono da marca.
Na grande maioria das vezes, o código GTIN está impresso na embalagem do produto. Caso não esteja, você pode solicitar o código para o fabricante ou fornecedor, ou até mesmo pesquisar o código em outros vendedores que estão vendendo o mesmo produto que você.
O EAN é uma sequência numérica que carrega dados dos produtos. Por essa razão não é um código criado aleatoriamente, mas possui um motivo nos dígitos usados, além de ser gerado e registrado pelo GS1 Brasil para que seja válido e reconhecido no mundo todo.
O código GTIN ajuda no controle e rastreio dos produtos, pois permite verificar informações como prazo de validade dos produtos e contato do fabricante. Como todos os produtos que são comercializados precisam do código GTIN, para aparecer no Google Shopping e anunciar nos principais marketplaces será preciso ter esse número.
O código GTIN também proporciona agilidade para a operação do estoque e venda em pontos físicos, pois é possível utilizar o leitor de código de barras na separação e envio dos itens para obter todas as informações no sistema rapidamente.
Com isso, o colaborador não precisa consultar preços e digitar todos os dados dos produtos para fazer o registro do item do checkout – ou sua entrada no estoque.
Inclusive, para quem usa o Hub de Integração da Ideris para gerenciar a operação nos marketplaces e loja virtual pode utilizar o celular para escanear o código de barras dos produtos e agilizar a separação e envio - sem a necessidade de equipamento próprio de leitor de código de barras.
O código de barras nasceu para facilitar as operações e obter dados dos produtos, mas seu formato era bem diferente do que conhecemos hoje. Sua história começa em 1948, com o engenheiro Joseph Woodland. Ele tentou criar símbolos simples que, quando escaneados, mostrassem uma sequência numérica.
O primeiro modelo de código de barras ainda não recebia esse nome, pois tinha o formato de um alvo com círculos de diferentes espessuras – ele foi patenteado como "aparato de classificação" em 1952. Esse modelo foi pouco usado, pois as ferramentas para usá-lo eram muito caras na época.
Vinte anos depois, em 1973, o empresário Alan Haberman percebeu que os supermercados precisavam de uma solução para acelerar o tempo de permanência do cliente nos caixas e diminuir o tamanho das filas. Junto com um grupo de empresários do segmento de supermercados, Alan criou uma lista de requisitos para um símbolo funcional e acessível na identificação dos produtos e solicitou sua criação para 14 empresas diferentes.
Uma dessas empresas foi a IBM, onde George Laurer trabalhava e ficou responsável por desenvolver a solução. Diferente do "aparato de classificação" de Joseph Woodland, George propôs um símbolo retangular que armazenava mais informações e ocupava menos espaço nas embalagens dos produtos.
O projeto foi aprovado pelo grupo de empresários e assim nasceu o código de barras nomeado como Universal Product Code, ou UPC, que inspirou a criação de outros códigos usados mundialmente, como o código EAN (atual GTIN) e o QR Code.ado pelo grupo de empresários e assim nasceu o código de barras nomeado como Universal Product Code, ou UPC, que inspirou a criação de outros códigos usados mundialmente como o código EAN (atual GTIN) e o QR Code.
Para encerrarmos, vale fazer uma distinção importante entre GTIN e SKU. A Stock Keeping Unit (SKU) é um código único de cada produto dentro de uma empresa que tem a função de agilizar e evitar erros no estoque, além de facilitar a identificação e organização dos produtos em plataformas de gestão de estoque ou hubs de integração de marketplaces, por exemplo.
Cada produto do estoque tem um código SKU único. Ao cadastrar o produto, registrar retiradas, gerar Nota Fiscal manual, entre outros processos, o colaborador busca diretamente o SKU, em vez de digitar na busca o nome do produto, trazendo mais eficiência ao trabalho. Por exemplo: em vez de digitar “camiseta vermelha gola V marca X”, você busca pelo código SKU que a empresa criou: “CVGVX”.
A principal diferença entre SKU e EAN é que cada empresa revendedora pode criar o seu próprio código SKU gratuitamente para organizar seu estoque, sem necessidade de registrar em um órgão oficial ou usar o mesmo código de outras empresas. Já no caso do GTIN, o código deve ser exclusivo de cada item para ser usado no mundo todo.