Ao começar a lidar com gerenciamento de estoque, muitos profissionais se perguntam: O que é SKU? Essa sigla significa Stock Keeping Unit e é um termo em inglês que pode ser traduzido como “unidade de manutenção de estoque”, e que veio para organizar seu inventário. Trata-se de um código único, dentro de cada empresa, que visa melhorar a gestão de estoque, liberação de mercadorias e a certeza nas especificações de um produto.
Manter a organização do estoque é fundamental para garantir bons resultados no varejo, e sabemos que essa tarefa não é fácil sem a ajuda de algum método que controle a entrada e saída de produtos, correto?
O SKU é um código que serve para te ajudar nesse processo. Funciona assim: cada produto do estoque tem um SKU particular, que é um código formado por letras e números. Ao gerenciar o cadastro e a retirada de produtos no seu estoque, ao invés de buscar pelo nome de cada produto, você procura pelo SKU.
Por exemplo, em vez de você cadastrar um “iPhone X cinza espacial 64gb” no seu estoque, você cadastra “CELIPXCE64”.
Controla o estoque: ao usar códigos para os seus produtos, fica muito mais fácil organizar a disponibilidade e o fluxo, já que o nome de cada objeto fica mais simples.
Por exemplo: se você vende esmaltes para unha, é muito mais fácil você pedir o produto ESROAV8 para o funcionário da expedição do que o Esmalte rosa da Avon de 8 mililitros.
Agiliza a expedição: o uso de códigos também facilita a organização do seu estoque, tornando muito mais fácil encontrar os seus produtos rapidamente no momento da expedição.
Por exemplo: se você vende capinhas de celular, você pode separar os seus produtos em nichos e prateleiras, conforme o modelo e a marca do celular, e criar um código SKU similar para cada marca. Assim, o funcionário responsável sabe exatamente onde está o produto, mesmo antes de chegar ao estoque.
Evita erros: enviar um produto errado para o cliente é um erro relativamente comum para operações de venda online, principalmente quando você trabalha com versões similares de um mesmo produto. Ao usar SKUs fica mais fácil diferenciar produtos, já que o colaborador trabalha em ler o código ao invés de diferenciar visualmente o produto.
Por exemplo: se o seu e-commerce trabalha com peças para notebook e existem dois teclados que são visualmente iguais, mas que tem circuitos diferentes, basta olhar o produto pelo SKU para saber rapidamente qual precisa ser separado.
É comum que o SKU seja exigido no momento do cadastro de anúncios em marketplaces, ERPs e integradores. O SKU no Mercado Livre, por exemplo, ajuda a melhorar a qualidade do seu anúncio, já que ele terá informações mais completas.
É importante que o seller não seja apressado em criar SKUs ao cadastrar anúncios, uma vez que uma lista de códigos organizada e planejada é essencial a longo prazo.
Há muitas maneiras para gerenciar o estoque, e a criação de um código SKU para os produtos é uma prática que contribui para mapear e analisar todas as mercadorias que estão no estoque. Seja para estudar a entrada e saída de determinados produtos ou até mesmo prestar algum tipo de atendimento ao cliente, a existência de SKUs é capaz de acelerar tais processos.
A principal ideia é a de que o SKU, se bem organizado, possa ser identificado de forma lógica, e não por um leitor de código de barras. Para fazer um SKU, é preciso ter em mente alguns fatores:
Parte importante da praticidade do SKU é que ele seja facilmente identificável e digitável, então lembre-se: menos é mais!
Cada operação precisa buscar seu método próprio para escrever seu código de SKU, adaptado para a sua diversidade de produtos e suas variações. Porém, é importante lembrar que nem todas as informações de cada produto precisam constar no SKU. Algumas operações de vendas se limitam a usar duas letras e dois números, por exemplo. Vai de cada Seller entender qual modelo se encaixa melhor na sua operação.
Algumas plataformas permitem o uso de caracteres especiais no SKU e outras não. Então, por via das dúvidas, é melhor evitar @, $, *, &, entre outros, nos seus códigos.
A ideia do SKU é diferenciar completamente cada produto. Então, se você vende um produto mas ele tem duas cores diferentes, é obrigatório que cada um tenha o seu SKU próprio. Se você vende um iPhone X, por exemplo, ele tem três variações de cor e três variações de armazenamento, totalizando nove SKUs.
Apesar de existirem algumas “receitas” para montar um SKU - leia sobre no próximo tópico -, cada operação pode ter seu formato próprio para criar SKUs. Se uma operação trabalha com muitas variações de um mesmo produto com poucas diferenças entre si, é muito mais prático usar SKUs simples.
Por exemplo: um e-commerce de peças para notebook que possui mais de 300 teclados. É muito mais prático trabalhar com teclados no formato TC258, pois, além de serem parecidos, um teclado pode ser compatível com mais de uma marca.
Já se a operação de vendas trabalha com uma grande variedade de produtos diferentes, com poucas variações, faz mais sentido incluir informações específicas para que seja possível identificar o produto exato no SKU.
Por exemplo: se um e-commerce vende iPhones usados, faz mais sentido incluir todas as variações do produto, como em CELIPXCE64 para um iPhone X cinza espacial.
Partindo do princípio de que cada produto tem suas especificações no código, é possível identificá-lo através da padronização. Por exemplo, se você está vendendo um iPhone X cinza espacial, o SKU poderia ser:
Sendo assim, o SKU seria CELIPXCE64. Obviamente é apenas um exemplo, mas é importante ter uma padronização que seja fácil de identificar e localizar no estoque.
É importante lembrar que o SKU é diferente do EAN, apesar de ambos serem números usados para identificar produtos.
É muito comum confundir ou tentar misturar os SKUs com o EAN.
O EAN é um código de barras, criado na Europa pela GS1, composto por 13 dígitos, que é utilizado no mundo inteiro. Sua sigla significa European Article Number e se você pensa em exportar ou vender em marketplaces, será obrigatório cadastrar o EAN em seus produtos. Mas não sofra por antecedência, esses códigos são fixos e universais, gerados pelo fabricante.
O princípio do EAN é uma série de números ligados a um produto e reconhecido de forma universal. Ele é muito conhecido no formato de código de barras, e é geralmente lido por meio de leitores óticos. No mundo digital, o EAN é especificamente importante, já que, por meio dele, marketplaces, sites de comparação de preços e sistemas de integração conseguem identificar qual é o seu produto, possibilitando associação em buybox e dando mais credibilidade para o anúncio.
O código de barras também é um ponto positivo para que seu produto seja exibido no Google Shopping. O que pode aumentar suas vendas em até 20%, segundo o próprio Google.
– País de origem: 3 primeiros dígitos - o Brasil é o 789;
– Empresa fabricante, que terá um número exclusivo: 4, 5 ou 6 dígitos;
– Cada variação de um produto por ela produzido: 3, 4 ou 5 dígitos;
– Dígito verificador: 1 dígito.
O código de barras é lido somente por uma máquina ou leitor de código. Em contrapartida, o SKU é lido e entendido de forma “lógica” por qualquer pessoa ou sistema.
É importante lembrar que o EAN-13 é um dos tipos de código de barras existentes no mercado. Entre outros exemplos estão o EAN-8, para produtos com menos espaço para etiquetas; o EAN-128, para códigos mais elaborados e ainda vários outros menos utilizados. Vai de cada vendedor identificar qual é o código ideal para a sua operação.
Existem algumas práticas equivocadas que acabam sendo frequentes na área, desde atribuir o mesmo SKU a modelos diferentes de um produto ou confundi-lo com código de barras.
Mas e se o vendedor fabrica os produtos? Como “emitir” um código de barras?
Para colocar códigos de barra nos seus produtos, o fabricante precisa primeiramente se cadastrar na GS1. No momento dessa filiação, serão exigidos os seguintes dados:
Uma vez com esses dados, o fabricante poderá fazer a identificação dos seus produtos, atribuindo os números de referência para cada um.
Agora que você já sabe que o que é SKU e que eles não são um bicho de sete cabeças, é mais fácil compreender também que o código é um grande facilitador para localização e separação de itens que possuem as mesmas características, com detalhes que os diferenciam. Tanto o SKU quanto o EAN são obrigatórios na maioria dos casos. Mas apesar de exigir algum esforço por parte do vendedor (e, no caso do EAN, um custo), ambos os códigos contam com diversos benefícios para a operação de vendas.
Desta forma, você garante efetividade no processo logístico da sua empresa e, também, mais segurança e aumento nas possibilidades de recompra. Fique por dentro das dicas que o Ideris está preparando e mantenha seu inventário sempre atualizado, da forma mais prática possível.
Por: Dani Kmiec e Vitor Pellanda
Conteúdo revisado no dia 12de julho de 2023.